BANDA NOVA: Hymnum

O HYMNUM é uma banda de Itapetininga, interior de São Paulo com um som que caminha entre o lírico e sinfônico, o heavy metal e com vocal gutural. Passando por vários estilos em suas canções a banda tenta criar diversas sensações em seu público, assim como variadas interpretações de suas melodias e mensagens que as composições passam.

 “Não estamos preocupados em definir uma rotulação para nós mesmos, quem dirá isso será os fãs a partir do momento que conhecerem o nosso trabalho. A proposta do EP de estreia é soar como algo diferente, novo e atual. Digamos que um metal moderno”, comenta Marcelo Beckenkamp, vocalista idealizador da banda.

O HYMNUM está finalizando seu primeiro trabalho, o EP “A Light of Hope”, e promete algo especial. É possível conferir um trecho da música  “Sharon Northman’s Mysteries” na fan Page da banda. Vamos aguardar o lançamento!

Links relacionados: www.facebook.com/hymnumband

Metal Open Air e o cenário lamentável do metal nacional


Antes mesmo de 2012 começar, Edu Falaschi foi entrevistado pela Rock Express e fez uma declaração polêmica sobre o público headbanger brasileiro e a cena metal! “Brasileiro é chupa pau de gringo” disse Falaschi após um show de bandas nacionais que o público não compareceu. E o vocalista do Almah ainda reforçou que o metal nacional tinha morrido! Os excessos do vocalista em seu desabafo só demonstram a crise que o cenário do metal nacional estava prestes a enfrentar.

Primeiro dia do festival 
Enquanto circulava este desabafo nas redes sociais e sites especializados em música, o Metal Open Air estava sendo divulgado, anunciado como maior festival de heavy metal da América do Sul, aos poucos foram revelados os detalhes do evento e as bandas que estariam presentes. No começo as informações estavam um pouco confusas e fora da realidade. O local escolhido para realizar o festival surpreendeu, afastado do circuito Rio - São Paulo, a cidade de São Luis no Maranhão foi escolhida para sediar o festival.
  
Com um lineup com Saxon, Venom, Megadeth, Anthrax, Symphony X, Exodus entre outras bandas de renome no metal mundial e nacional, a promessa do festival parecia ser um sonho de muitos bangers do Brasil. Valia a pena se deslocar até do Rio Grande do Sul para ir ao outro extremo do país apreciar este grande momento. O festival ainda prometia churrascaria Mad Butcher, a presença de Charlie Sheen como mestre de cerimônia, um lago, campeonatos esportivos, energia elétrica para o camping, guarda volumes, mercado 24h, entre várias outros eventos que garantiriam diversão para os pagantes durante os três dias. Apesar de todas estas promessas, uma desconfiança ainda pairava, um festival tão grande, que não aparecia na mídia, não tinha patrocinadores e o pior, muitos headbangers nem sequer sabiam desse festival.

Mapa do Parque da Independência de São Luis do Maranhão
A insegurança com o festival foi confirmada dias antes da data marcada, dia 20, 21 e 22 de abril. A estrutura do festival não estava sendo preparada, palco, camping, tudo estava atrasado. Já no dia 19 as bandas foram cancelando as apresentações, Venom, Saxon, as nacionais Stress, Matanza, Ratos de Porão e por ai não parou. O resultado: das mais de 40 bandas confirmadas apenas 13 tocaram. Brigas entre produtores, péssima qualidade de som, um camarote que era uma farsa, um festival que não oferecia nem comida decente. Mas quem mais sofreu com isso foi o público que cruzou estados para estar lá, afinal, ir por Maranhão não é barato. O camping também foi tratado com descaso, sem lugar decente para banhos e banheiros. Aos poucos foram melhorando a estrutura do camping, mas ainda era precário já que o prometido pela organização era outra coisa.

Banheiro restrito ao Megadeth fonte: http://musica.uol.com.br
Já faz um ano que o Metal Open Air (MOA) aconteceu e o público que compareceu no evento não foi indenizado. Felipe Negri e Lamparina Produções, organizadores do evento, continuam livres para fazer shows no território nacional enquanto deveriam estar presos. O ano 2012 foi uma data tumultuada para o metal no Brasil, começando por esse festival, que como muitos já dizem, foi a maior vergonha do metal nacional. Houve também vários promessas de shows que não foram realizados, como o do Slayer e Mastodon em novembro.

O heavy metal é um estilo que tem poucos adeptos no Brasil, um público exigente que às vezes chega a ser radical, alguns acreditam que o heavy metal é soberano perante outros estilos musicais. Parece que toda essa euforia pelo metal dos fãs extrapolou a imbecilidade de discussões de quem é mais entendedor de heavy metal e desfez a tentativa de Negri, um dos organizadores do MOA, de trazer o Destruction para o Brasil. Pela internet os fãs se manifestaram contra Felipe Negri que montou outra produtora para continuar trabalhando no meio, mas devido a reclamações a própria banda alemã comunicou aos fãs brasileiros que retornaria ao Brasil somente por meio de outra produtora. Recentemente circulou na internet que Felipe Negri estaria vendo a possibilidade de trazer o U.D.O. e novamente protestos circularam na rede.

Imagem divulgada por headbangers de todo o Brasil
Somente um ano após o evento, agora em abril, é que os produtores do MOA foram denunciados pelo Ministério Público do Maranhão. No dia 15 de abril, o MP entrou com uma Ação Civil Pública contra os organizadores do festival, Luiz Felipe Negri de Mello e Natanael Francisco Júnior da Lamparina Produções, pediu também o bloqueio total de seus bens, bem como a interdição de suas empresas, registradas, respectivamente, na Junta Comercial do Estado de São Paulo e na Junta Comercial do Maranhão. A 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor denunciou os produtores do evento pelos crimes de estelionato e indução do consumidor a erro. Agora é lutar para que os responsáveis pelo ocorrido no festival sejam presos. 

Mas mesmo com estes avanços, ainda o metal nacional permanece com fãs extremamente radicais, péssimos organizadores e os fatídicos problemas que pairam sobre o rock em geral (falta de espaço, estrutura, valorização, o dilema de musica cover x autoral), assim fica difícil fazer reconhecer um estilo que não é apreciado popularmente. O MOA, por exemplo, prometeu bandas de peso, como Megadeth, Anthrax, Grave Digger, Saxon e Venom e não teve a mesma divulgação na imprensa nacional como os grandes festivais que são realizados no país. Todas estes inconvenientes mais a ausência de uma organização de qualidade e um estilo musical marginalizado resultou no completo caos que foi o Metal Open Air.
  


Resenha de Disco: Cruscifire - Chaos Season

Há muito tempo, recebemos CD’s para fazermos resenhas e fiquei encarregado de postá-las, mas com a correria do TCC, Curso de Verão, Mestrado, Curso de verão e mestrado novamente, entre outros, não foi permitido que eu sentasse e ouvisse os discos com a devida atenção para resenhar. Com a folga deste mês, foi possível ouvi-los e fazer algumas anotações para finalmente fazer a resenha. Pois bem, a primeira que irei postar é do disco “Chaos Season”, da banda Cruscifire, lançado em 2010 (Sim, pra terem ideia de quanta coisa atrasada tenho que fazer pro RockOut Zine, peço desculpas à Débora Brandão, que nos enviou o disco para resenha), conta com dez faixas do mais puro e coeso Death Metal, que não deixa a desejar, com forte influência de Napalm Death, Cannibal Corpse, Deicide, entre outras, fora as pitadas de Thrash Metal nos elementos do som da banda que lembraram este, que vos escreve, de Slayer.

O disco começa de forma monstruosa (no bom sentido) com 'A Letter For My Enemy', que deixa nítido, pelas linhas de guitarra, a influência de Cannibal Corpse. A segunda faixa, 'Chaotic', mantém a porrada, sendo um pouco mais complexa que a primeira e a considerei um dos destaques do álbum. 'The Chaos Season' é a terceira e temos outro destaque, com uma composição bastante obscura e ao mesmo tempo cativante, transbordando feeling, que muitos headbangers cobram das bandas. 

A música seguinte é 'Squeals From Slaughterhouse', com uma introdução pra nenhum ouvinte (fã do gênero, naturalmente) botar defeito, apesar de tê-la achado com um som mais direto que os anteriores, tem partes mais cadenciadas e marcadas. Sem interrupção, vem a faixa 'A New Bloody Day', que também constou no EP com mesmo nome, sendo mais encorpada no disco. Os tímpanos do ouvinte continuam indo pro espaço ao som de 'Smash Your Head', sexta faixa, com a mesma pegada das faixas anteriores, porém um pouco mais cadenciada. 'Sons of Disgrace' possui um início veloz e guitarras voltam à tona com força total. 'Finish Him', antepenúltima faixa, nos brinda com a brutalidade e feeling presentes nas músicas anteriores, ela é rápida e direta, sem rodeios. Temos ainda as faixas 'Valley Of Suicidal' e 'Untrue Illusion', ambas são uma porrada sem igual (calma, isso é apenas uma expressão), tendo a primeira um vocal que oferece um enorme peso para a faixa, já 'Untrue Illusion' tem forte destaque das guitarras.

Enfim, as considerações finais: De maneira geral, o disco é muito bom, pra nenhum fã do gênero botar defeito, mas o baixo poderia ter aparecido um pouco mais, dando mais peso ao trabalho, pois ficou bem camuflado pelos outros instrumentos, no entanto, não é algo que compromete o disco. A qualidade do trabalho está no nível de bandas gringas. ‘A Letter For My Enemy’, ‘Chaotic’, ‘The Chaos Season’, ‘Smash Your Head’, ‘Valley Of Suicidal’ e Untrue Illusion’ foram os destaques do disco. O aconselho a quem queria destruir seus tímpanos, sem dó nem piedade, e depois usar aparelho auditivo!

Riot Grrrl!



O Riot Grrrl é um movimento surgido em meados dos anos 90, como uma resposta das mulheres às atitudes machistas no mundo da música, buscando que as mulheres lutassem por seus direitos. O passo inicial foi a criação de bandas com forte presença de instrumentos como o baixo e a guitarra, com muita distorção, e vontade de garantir espaço no cenário musical, até então masculino. 
A banda Bikini Kill (Kathleen Hanna, Tobi Vail e Kathi Wilcox) foi uma das maiores representantes do gênero. Nos shows, mandavam os rapazes para longe e garantia os melhores lugares para as mulheres. Kathleen (vocalista do grupo) costumava aparecer com o corpo riscado de palavras como “rape” (estupro) ou “slut” (vagabunda), como forma de protesto às expressões machistas, se tornando um dos ícones do movimento.
E assim, o Riot Grrrl tomou espaço no cenário musical na época. Suas mensagens disseminaram a propagação da liberdade feminina, possuindo adeptas (e adeptos) nos dias de hoje, ainda que poucos.



Hoje é dia de Tina!



Nascida em Nutbush, no Tennessee, Anne Mae Bullock, mais tarde Tina Turner, era uma menina diferente das demais. Com seus cabelos avermelhados, pele morena e um vozeirão, tinha uma beleza rara. Na juventude, mostrou o seu talento ao líder dos Kings of Rhythm, Ike Turner, que a convidou para juntar-se ao grupo e lhe deu o novo nome.
Ike e Tina interpretaram músicas de R&B (rhythm and blues), um dos predecessores do rock, com influências do jazz, blues e também do gospel, com abuso dos vocais. Devido a problemas na relação, chegando a haver violência física, Tina abandonou a carreira com Ike para tentar uma vida nova.
E assim, vestiu a camisa do rock n' roll, movimento em ascensão na época e que até então não pode participar. Com jaquetas de couro e meias arrastão, Tina se mostrou dinâmica, diferente da mulher cheia de apetrechos que pediam para que usasse. Com sua voz, causadora de arrepios, colecionava fãs, muitos deles famosos, como os Rolling Stones e David Bowie. Foi com a propaganda de seus amigos e a vontade de voltar a cena, que Tina conquistou os palcos pela segunda vez, efetivando o seu reinado.
Tina Turner é um exemplo para as mulheres, pois sempre batalhou pelos seus ideais. Nada mais justo que lembrá-los dela neste dia tão seu.

 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...