Há muito tempo, recebemos CD’s para fazermos resenhas e fiquei encarregado de postá-las, mas com a correria do TCC, Curso de Verão, Mestrado, Curso de verão e mestrado novamente, entre outros, não foi permitido que eu sentasse e ouvisse os discos com a devida atenção para resenhar. Com a folga deste mês, foi possível ouvi-los e fazer algumas anotações para finalmente fazer a resenha. Pois bem, a primeira que irei postar é do disco “Chaos Season”, da banda Cruscifire, lançado em 2010 (Sim, pra terem ideia de quanta coisa atrasada tenho que fazer pro RockOut Zine, peço desculpas à Débora Brandão, que nos enviou o disco para resenha), conta com dez faixas do mais puro e coeso Death Metal, que não deixa a desejar, com forte influência de Napalm Death, Cannibal Corpse, Deicide, entre outras, fora as pitadas de Thrash Metal nos elementos do som da banda que lembraram este, que vos escreve, de Slayer.
O disco começa de forma monstruosa (no bom sentido) com 'A Letter For My Enemy', que deixa nítido, pelas linhas de guitarra, a influência de Cannibal Corpse. A segunda faixa, 'Chaotic', mantém a porrada, sendo um pouco mais complexa que a primeira e a considerei um dos destaques do álbum. 'The Chaos Season' é a terceira e temos outro destaque, com uma composição bastante obscura e ao mesmo tempo cativante, transbordando feeling, que muitos headbangers cobram das bandas.
A música seguinte é 'Squeals From Slaughterhouse', com uma introdução pra nenhum ouvinte (fã do gênero, naturalmente) botar defeito, apesar de tê-la achado com um som mais direto que os anteriores, tem partes mais cadenciadas e marcadas. Sem interrupção, vem a faixa 'A New Bloody Day', que também constou no EP com mesmo nome, sendo mais encorpada no disco. Os tímpanos do ouvinte continuam indo pro espaço ao som de 'Smash Your Head', sexta faixa, com a mesma pegada das faixas anteriores, porém um pouco mais cadenciada. 'Sons of Disgrace' possui um início veloz e guitarras voltam à tona com força total. 'Finish Him', antepenúltima faixa, nos brinda com a brutalidade e feeling presentes nas músicas anteriores, ela é rápida e direta, sem rodeios. Temos ainda as faixas 'Valley Of Suicidal' e 'Untrue Illusion', ambas são uma porrada sem igual (calma, isso é apenas uma expressão), tendo a primeira um vocal que oferece um enorme peso para a faixa, já 'Untrue Illusion' tem forte destaque das guitarras.
Enfim, as considerações finais: De maneira geral, o disco é muito bom, pra nenhum fã do gênero botar defeito, mas o baixo poderia ter aparecido um pouco mais, dando mais peso ao trabalho, pois ficou bem camuflado pelos outros instrumentos, no entanto, não é algo que compromete o disco. A qualidade do trabalho está no nível de bandas gringas. ‘A Letter For My Enemy’, ‘Chaotic’, ‘The Chaos Season’, ‘Smash Your Head’, ‘Valley Of Suicidal’ e Untrue Illusion’ foram os destaques do disco. O aconselho a quem queria destruir seus tímpanos, sem dó nem piedade, e depois usar aparelho auditivo!