Ganhe entradas para o Master Of Terror

Quer ir no Master Of Terror sem pagar a entrada? É simples.

O RockOut junto com a Bolo Loco Produções sorteará dois ingressos para o show do dia 08 de abril no Strettos. Para participar do sorteio é só seguir o @RockOutZine no Twitter e dar RT na seguinte frase:

Siga o @ e de RT para concorrer a uma entrada na faixa para o Master Of Terror. 


O primeiro sorteio será dia 04 às 18h.
O segundo no dia do show também às 18h.


Aproveite!

Skate Punk - Duas Culturas em uma

O Skate punk (as vezes chamado Skate Core ou Skate Rock) é um Subgenêro do Punkrock e Hardcore, origanlmente derivado da Cena Hardcore Punk da Costa Oeste dos Estados Únidos. Foi assim nomeado pela popularidade que tinha entre os Skatistas da época. Muitas bandas da época tinham skatistas em suas fileiras e assim houve uma fusão de duas culturas distintas, porém com algumas coisas em comum como o inconformismo, e a ironia própria dos adolescentes questionadores.
Jodie Foster´s Army
Em 1981 é criada a revista de Skate chamada Thrasher, por Kevin Thatcher e Fausto Vitello, que trazia reportagens e fotos de skatistas de vários lugares do Mundo. A revista a partir de 1983 começou a lançar coleatâneas de Skate Punk em cada Fim de ano, até 1993. quando parou de lançar e só retornou a lançar partir de 2005 novamente. Essas Coletâneas difundiram enormemente o Skate Punk . Elas abrangiam bandas que tinham Skatistas em suas formações e que falavam sobre skate em suas letras. Na década de 90 esse Gênero esteve mais ligado ao Hardcore Melódico (mais “trabalhado”) do que ao hardcore mais Cru, característico dos anos 80. O JFA (Jodie Foster' s Army) Uma das primeiras bandas a se autointitularem Skate, foi formada em 1981 na Califórnia por Brian Brannon depois de assistir a um show de Hardcore com a banda canadense DOA. Abordam temas sobre o dia-a-dia de forma irônica e polêmica. Todos seus integrantes são Skatistas. Ainda está na ativa. Los Olvidados, Banda de San José, na califórnia também. Formada por Mike Voss, Ray Stevens, Mike Fox e Matt Etheredige. 
Grinders, pioneiros do Skate Punk no Brasil
Apareceram na primeira coletânea Skate rock da Thrash Magazine de 1983 abrindo a Coletânea. Para finalizar esse pequeno texto sobre o Skate punk falo de uma banda Brasileira de Skate punk chamada Grinders. Formada nos anos 80 no ABC paulista, participou da Coletânea Punk, Ataque Sonoro e ainda nos Anos 80 lançou seu disco intitulado com o mesmo nome da banda. Continuam na ativa com apenas um membro original.
 Deixo este esboço sobre o Skate Punk pra instigar sua curiosidade sobre o assunto, já que há muitas bandas nacionais e estrangeiras com um grande som dentro desta cena, na próxima postagem irei apresentar algumas bandas nacionais do estilo.


Capa da Coletânea Skate Rock #1 da Thrasher Magazine

Master Of Terror traz Vulture a Londrina

Vulture toca em Londrina no Master Of Terror
No dia 08 de abril, sexta-feira, será realizado o Master Of Terror no Strettos Pub (Av. JK, 472). A banda de death metal, Vulture, de Itapetininga – SP, volta a Londrina para a divulgação do álbum “Through The Eyes Of Vulture”. A última passagem da banda pela cidade foi ano passado no Dark Festival. O grupo já tem mais de 15 anos de estrada e teve a oportunidade de subir no palco com bandas consagradas como Belphegor, Incantation e Dark Funeral. 

Master Of Terror também contará com a presença de Bloody Worm, banda de death metal de Londrina. A banda Karmanhead de Sertanópolis também estará presente com musicais próprias calcadas no heavy metal tradicional e com covers de bandas como Motorhead, Metallica, Iron Maiden, Led Zeppelin e Black Sabbath. A banda Maria Juana de Arapongas, também participará do festival que mistura Punk Rock com Crossover em seus covers pesados que agradam punks e headbangers com reproduções de Garotos Podres, Misfits, Sex Pistols, The Clash e muito Ramones.
A entrada é R$ 8,00 e as portas estarão abertas à partir das 22 horas.


MASTERS OF TERROR

Com as bandas:
VULTURE / Death Metal Massacre - Itapetininga-SP
BLOODY WORM / Death Metal - Londrina-PR
KARMANHEAD / Heavy Metal - Sertanópolis-PR
Som próprio e mais: Sepultura, Motorhead, Iron Maiden, Metallica, Led Zeppelin e Black Sabbath

MARIA JUANA / Punk Rock - Arapongas-PR
Som próprio, muito Ramones e mais: Garotos Podres, Misfitis, Sex Pistols e The Clash

Informações:
Dia: 08/04/2011 - Sexta-feira
Horário: 22 horas
Entrada: R$ 8,00
Local: Strettos Pub - Av, JK 472 - Londrina-PR


Segue também o clip do Vulture com a música Abençoado Seja o Homem Ateu.


Woodstock Pé Vermelho - Parte 2

Nesta segunda parte  sobre o Colher de Chá (primeira parte, clique aqui), saiba como foi a sua organização e como um festival que exclamava por liberdade de expressão artística conseguiu se concretizar em uma época em que a repressão militar ditava a ordem no país.  

Na preparação do Colher de Chá

Paulo Troiano,  conhecido como Paulão Rock ‘n Roll, foi na época um dos responsáveis pelo contato com as bandas que se apresentaram no Colher de Chá. Viu as filmagens do Woodstock pela primeira vez e ficou encantado com a dimensão do festival. Queria  fazer algo semelhante na região, um festival que tocasse rock’n roll a céu aberto. Paulão  levou o projeto para a Secretaria de Cultura de Londrina. Não deu certo. O estilo baseado nos movimentos de contracultura e rebeldia em que o festival se baseava, não era bem visto em uma época onde a ditadura determinava as regras.
Paulão não desanimou. Ficou sabendo que Cláudio Coimbra - um dos responsáveis pela criação e direção geral do  “Colher de Chá” - iria fazer uma festa de lançamento de dez tonéis de pinga no Clube Recreativo Cascata de Cambé. Perguntaram-lhe se conhecia uma banda que podia tocar na festa. Paulão conhecia, poderia trazer  "Os Mutantes". Anos antes do festival, Paulão havia encontrado Arnaldo Batista pela primeira vez. Ele lembra com saudade daquele momento: “Conheci o Arnaldo no bairro de Bexiga, ele tinha uma Kombi e estava andando com as portas abertas e me convidou pra entrar. A Kombi parecia um bar ambulante”.
Paulão e Claúdio Coimbra seguiram rumo a São Paulo encontrar Arnaldo Batista na Serra da Cantareira. Com a possibilidade de fazer um show nos moldes do Woodstock, “Os Mutantes” se interessaram pela proposta e aceitaram fazer parte do Festival. Ali começava a surgir a idéia da dimensão que o “Colher de Chá” poderia alcançar.

Cenas de Woodstock de 1969, filme que inspirou Paulão a organizar um festival

Enquanto em São Paulo os músicos se preparavam, em Cambé ainda havia muitos detalhes para serem acertados. Uma casa de madeira que havia na chácara se tornou o centro da organização do festival, um mês antes do Primeiro Concerto de Rock Brasil acontecer. A Chacará Cascata não tinha gerador de eletricidade e foi necessário comprar um que suportasse a potência dos equipamentos. A Prefeitura de Cambé cedeu duas casas de madeiras, que foram desmontadas e  utilizadas na construção do palco, que foi projetado por Wilson Vidotto.  Eram 15 metros  de comprimento por 7 de largura. Em cada ponta do palco foram instaladas os amplificadores, em uma torre com os amplificador com dois metros de altura. Outra curiosidade é que a Chácara Cascata possui a forma de um triangulo e três é um número considerado místico - na época o misticismo era bastante presente no movimento hippie.  Paulão Rock ‘n Roll ainda destaca:
Eu dividi a arena em 12 signos, e botei um bambu com uma flâmula e com o desenho de cada signo. E o povo ia entrando dentro do show e ia ficando os do signo de câncer ali, escorpião aqui. E não tinha ninguém mandando ir lá, foi espontâneo.
A magnitude do festival foi mais divulgada em outras regiões do Brasil, do que na para própria cidade. Os organizadores  viajaram em alguns estados próximos, como o Rio de Janeiro para divulgar o festival. César Cortês que participou do “Colher de Chá” lembra que ele saiu  de Kombi por todo o estado pregando cartazes do festival.

A ditadura e a região dos Festivais

Festivais de música não eram uma novidade para a população da região, embora a Música Popular Brasileira fosse sempre a maior expressão.  No mesmo ano de Woodstock, em 1969, foi realizado o I Festival da Canção de Cambé, que resultou na gravação de um Compacto Duplo e a revelação da cantora Neuza Pinheiro. Wilson Vidotto, o Bidu, foi organizador dos dois festivais (Colher de Chá e Festival da Canção):
Já havia um trabalho anterior, um trabalho literário e musical. Esse período cultural em Cambé culminou com o inicio desse movimento dos festivais. Já se fazia festival da Record em São Paulo, um dos primeiros festivais no período da ditadura. No inicio projetou-se na região um formato de novos eventos, produtores e artistas, um movimento da região. Começou com Festival da Canção em seguida, o Movimento Universitário em Londrina e veio desaguar no FILO, Festival Internacional de Teatro de Londrina. No principio, nenhum movimento livre esteve agregado a nenhuma Secretária de Cultura, a nenhum partido político e nenhum poder de capital de grupos que querem eventos em beneficio financeiro. Da reunião que era feita em São Paulo na Praça da República, reuníamos na Praça em Londrina da Bandeira, formou-se um movimento “underground” e originou o “Colher de Chá”.
Wilson Vidotto, um dos organizadores do festival.
A população da região ainda não tinha experimentado um evento de rock ‘n roll realizado em céu aberto, com um caráter tão contestatório à cultura vigente e multicultural.
A dificuldade de produzir um evento em alguma capital, como São Paulo ou Curitiba, devido a repressão da ditadura, fez com que a concentração de festivais musicais em Londrina aumentasse. O Primeiro Concerto de Rock Brasil foi resultado desse processo.
Parece estranho que um festival influenciado por Woodstock ocorreu em plena ditadura. No “Colher de Chá”, nem as famosas duplas de policiais conseguiram impedir o uso da maconha no evento. A precária estrutura policial da época, não havia como impedir e prender todos os usuários da droga. Neste dia houve um fato corriqueiro, o uso foi liberado dentro do festival com o consentimento dos policiais. A juventude que clamava por liberdade e lutava contra a repressão parecia não ter ido ao concerto. O Festival embora rico culturalmente não teve nenhuma crítica ou embate mais incisivo contra a ditadura.
Enquanto estudantes  iam as ruas se opor à ditadura, os mochileiros do Colher de Chá estavam  preocupados com a liberdade de expressão na arte. Charge de Vagner Tadeu Moura ( 1948 - 1970), Correio da Manhã, 23/06/1968


Semana que vem será postada a última parte da reportagem Woodstock Pé Vermelho. 
Aguarde.

Eskorbuto: Os pioneiros do Punk espanhol

Presenteio os leitores desse blog, principalmente os apreciadores e admiradores das bandas Punks dos anos 80, com um estudo biográfico feito por este que os escreve sobre "A Banda Mais Honrada que já pisou neste Planeta em Milhões de Anos" nas palavras deles próprios. O Eskorbuto surgiu nos anos oitenta, é uma das primeiras bandas Punk a fazer letras e cantar em espanhol, e sendo influência no mundo todo para bandas Rock, Punk e outros gêneros ligados. É claro que não vou postar a biografia completa e aquele monte de tietagem blá blá blá, se bem que em breve pesquisa na internet, constatei que não existe (ou não é fácil de encontrar) a história da banda em português, a banda tem uma história um tanto conturbada e as vezes as informações são desencontradas.

Eskorbuto, Rock Radical Basco!
Os integrantes nasceram em Santurce e chegaram e viver nas ruas, Iosu e Juanma deram inicio a banda como guitarrista e baixista respectivamente, os dois faziam vocais. Um tempo depois Paco entrou para completar o trio, como baterista. A primeira apresentação foi num colégio, próximo ao local de ensaio (que eu também não sei onde é!) e a média de idade do publico era de 10 anos!

Em uma viagem a Madri em Agosto de 1982 conseguiram um novo selo, o "SPANSULS RÉCORDS" e gravaram sua primeira demo. Num momento em que o movimento Punk engatinhava na Espanha, e os temas estavam voltados pro lado do humor, os Eskoburto tocavam temas que eram considerados tabus, até mesmo pras bandas que se intitulavam Punk na época, e lançaram a demo, que foi esgotada em 3 meses, com as sonzeiras: "Mucha Policía, Poca Diversión", "Mi Degeneración" e "Enterrado Vivo". Foram 15 trabalhos lançados, PRIMEROS ENSAYOS em 1982; O "single" MUCHA POLICÍA, POCA DIVERSIÓN, pela Spansuls, em 1983; JODIENDOLO TODO, a Primeira Demo lançada em 1983; QUE CORRA LA SANGRE, Segunda Demo lançada 1984, O álbum ESKIZOFRENIA,que foi gravado em 1984, nos estudios Pant-Pot em Bilbao e foi editado em 1985. O primeiro disco de longa duração dos Eskorbuto com o espírito simples e raivoso do PUNK, com muita critica social, musicas curtas e provocadoras; ZONA ESPECIAL NORTE um disco político (no formato "Split") com a também espanhola RIP que foi gravado no final de 1983; ANTI-TODO de 1985, gravado nos estudios "Tsunami", com todas musicas gravadas em 26 horas, foi editado em fevereiro de 1986 por DISCOS SUICIDAS, mais um clássico da banda; Também em 86 lançam a compilação YA NO KEDAN MAS COJONES, ESKORBUTO A LAS ELECCIONES dos primeiros anos da banda com musicas especialmente de protesto; em 1986 é lançado o disco duplo, ao vivo ("directo" em espanhol) IMPUESTO REVOLUCIONARIO; LOS DEMENCIALES CHICOS ACELERADOS, de 1987 (editado em 88) também no formato duplo, com 20 sons de ritmo pausado, e letras raivosas, editado primeiramente por "Discos Suicidas", teve seus direitos comprados pela DRO, que anos mais tarde reeditou em um CD;
Las Mas Macabras De Las Vidas:
 O Lado sombrio do  Eskorbuto
LAS MAS MACABRAS DE LAS VIDAS, de 88, é um trabalho muito diferente, onde não cabe comparações aos discos anteriores,em questão do estilo. É um disco que honra seu titulo de Macabro e mostra
um lado mais "sinistro" da banda, A Morte, a Tristeza e A Frustração estão fortemente presente nas musicas, os tons de voz e a melodia comprovam isso; DEMASIADOS ENEMIGOS, Gravado e Mixado por Matraka Diskak em Outubro de 1991, estranhamente, não trás temas políticos, de protesto ou grande contestação, mas demonstrando um pessimismo quase niilista com o rumo que as coisas estavam tomando, belas canções como "En La Luna" e "Adios Reina Mia" são parte desse álbum, desesperançoso, deprimente e belissimo. A ultima faixa "La Mejor Banda Del Mundo", acabou se encaixando como uma especie de previsão, ja que sua letra fala muito em fim; AKI NO KEDA NI DIOS foi lançado em 1994, com letras (as 8 primeiras) escritas por Paco e Juanma logo após a morte de Iosu, porém Juanma também morreu e Paco decidiu buscar uma equipe profissional para trabalhar essas 8 musicas, mas outras duas canções que não haviam sido gravadas. KALAÑA de 96 e DEKADENCIA de 98, são álbuns lançados depois da morte de Iosu e Juanma, e não tem a mesma atitude a postura da Grande Banda que é o Eskorbuto.
Juanma e Iosu morreram no ano de 1992, Iosu em Maio (dia 31) e Juanma em Outubro (dia 8), por problemas ligados ao consumo de Heroína. O baterista Paco, resolveu continuar com a banda mesmo depois da morte dos fundadores, e por conseqüência foi tachado de mercenário, e alvo de boicote de Punks, Fãs e outras bandas da cena underground européia. o "Novo Eskorbuto" (sem Iosu e Juanma) lançou os albuns "Kalaña" e "Dekadencia", como ja era de se esperar com alta "taxa de reprovação".

VIDEO CLIPE (Qualidade não muito boa) de BUSCO EN LA BASURA, do disco Eskizofrenia:
Fontes: http://es.wikipedia.org/wiki/Eskorbuto
http://usuarios.lycos.es/yorditxu/tributo/eskorbuto04.htm
http://usuarios.lycos.es/yorditxu/tributo/eskorbuto02.htm

Rockomics: Made in Brazil

Por Caos
Clique na imagem para ampliá-la

Spartacus na primeira edição do festival Sul em Fúria

Banda Spartacus
A banda gaúcha, de Heavy Metal, Spartacus anuncia sua participação na primeira edição do festival Sul em Fúria, na cidade de Porto Alegre, dividindo o palco com as bandas Asper(Heavy Metal) e Epitaph(Heavy/Thrash Metal). O show será realizado no dia 03/04, primeiro domingo do mês, no Dhomba Pub, localizado na Cidade Baixa, região de Porto Alegre conhecida pela sua famosa vida noturna.

Mesmo com o novo disco quase finalizado, a Spartacus priorizará músicas de seu debut, "Libertae", lançado em 2004, que obteve excelente respaldo perante crítica e fãs de Heavy Metal.

Informações:  
I Sul em Fúria Festival - Com as bandas Spartacus, Asper e Epitaph
Data: 03/04/11
Horário: 20 h
Local: Dhomba Pub
Endereço: R. General Lima e Silva, 1037 - Cidade Baixa | Porto Alegre/RS
Ingressos R$ 10,00 – Na portaria

Entrevista: Maka do Distanásia responde sobre uma das grandes representantes do Crust Paranaense

Saudações!!!

Pra estreia deste novo canal de informação do Rock Norte-Paranaense, separei esta entrevista feita no começo do ano com a banda Crustcore, de Maringá, o barulhento e agressivo Distanásia! É com orgulho que apresento essa banda, digna de assustar almofadinhas e "ecléticos" que encaram na raça o dia a dia  de fazer um som não comercial e não plastificado tão comuns atualmente. Sem mais delongas, vamos direto ao que interessa:
RockOut: Salve rapaziada do Distanásia, primeiramente agradeço a vocês, ao Maka que aceitou ae prontamente ceder essa entrevista! Gostaria de começar com vocês mesmos falando um pouco desse trajeto na barulheira, como a banda surgiu, quem passou por ela, objetivos, influencias sonoras...

Distanásia: A banda se formou em meados de 2005, e contava com Maka na bateria, Rustuck na guitarra, Caverinha no baixo e C.B. no vocal, em dezembro de 2006 gravamos nossa demo que conta com 7 sons, passado um tempo sai Caverinha e entra a Barbara.Durante esses anos de barulho fizemos muitos amigos, tocamos em algumas cidades do Paraná e também na capital e interior de São Paulo! Tocamos com bandas como, Diskontroll, Social Chaos, Agathocles (Bélgica), Riistetyt (Finlândia), Coaccion (México), Nulla Osta (Croácia), Skarnio, Subcut, Rot, Industrial Noise e por ai vai!Nosso som e bastante influencia do pelo hardcore nacional 80's, Crust de bandas como Wolfpack/Wolfbrigade, Disrupt, Driller Killer, Extreme Noise Terror, e também bandas clássicas como Discharge e Anti Cimex, e alguma coisa de metal!

RockOut: E o nome da banda, de onde vocês tiraram, qual foi o critério de escolha, enfim, como surgiu o nome?

Distanásia: Bom, a gente queria um nome que começasse com “dis”, pra ser mais uma entre as disbandas mundo afora, dai surgiu o nome Distanásia tinha um significado legal e fico!

RockOut: Como vocês definem o estilo musical de vocês?

Distanásia: Crustcore

RockOut: As letras da banda tem um alto teor de protesto, vocês se identificam com alguma ideologia política?

Distanásia: Não levantamos nenhuma bandeira, apenas escrevemos o que a gente vem sentindo na pele durante nosso dia a dia.

RockOut: Nos eventos onde vocês se apresentam nota-se a mistura de um publico Punk, como Headbangers e pessoas mais ligadas ao metal, alem do pessoal do Grind, Crossover, etc... Qual a relação de vocês com esses movimentos?

Distanásia: A gente gosta bastante dessa mistura que rola sempre quando agente toca, acho muito bom a união de todas essas galeras ai, só vem a fortalecer ainda mais o cenário ''rock'',de que tanto gostamos.

RockOut: Qual a visão de vocês sobre a Cena Underground hoje em dia?

Distanásia: A cena tem muitas bandas fudidas! Mas falta muita estrutura ainda pra chegarmos a um bom padrão, faltam lugares pra tocar, muita gente não comparece nos eventos e assim dificultando ainda mais o fluir da coisa.

RockOut: Existem muitas bandas oportunistas na cena Independente Underground? O que vocês pensam desse tipo de bandas?

Distanásia: Acho que não, pelo menos dentro do nosso convívio ta tudo certo hehe...

RockOut: Baixar ou não MP3?

Distanásia: Cara, o mp3 e legal pra divulgar e tal, tem coisas de banda gringa principalmente dentro do Crust, D-beat, Grindcore que não chegam ate aqui, pois saem em prensagens bem limitadas, mais acho que quando chega deve ser comprado o material original, de banda nacional então isso deveria ser obrigação.

RockOut: Qual a resposta pra quando um mané diz que “barulho não é arte” ou “qualquer idiota pode fazer essa merda”?

Distanásia: Vai toma no cu!

RockOut: É muito complicado conseguir espaço pra tocar som pesado hoje em dia?

Distanásia: Bastante cara, tem casa ai que nem abre espaço pro som mais pesado, a cada dia cresce o numero de bandas covers, que tira ainda mais o espaço das bandas que criam seus próprios sons.

RockOut: Um recado pra quem não conhece o estilo ou o som de vocês...

Distanásia: Convido a conhecer! Pois existem muitas bandas boas, que passam sua mensagem através desse som brutal que todos gostamos!
Crust caraiiiiiiiiiiiiiiii!!!

RockOut: Falem sobre os materiais lançados e os que estão pra sair...

Distanásia: Bom, temos uma demo gravada em 2006, tem 7 sons, essa demo repercutiu bem pra caramba e nos levou a vários lugares.Bom, temos 3 sons gravados, para um split com a banda Deskarga Etilika de Portugal, mais isso ta enrolado a um tempão! Esse ano ainda sai coisa nova!!!

RockOut: Algo a acrescentar que o idiota aqui tenha esquecido?

Distanásia: Nadinha hehehe

RockOut: Valeu a paciência e a camaradagem, agradeço muito a atenção de vocês e muito boa sorte e muita proliferação do caos sonoro pra vocês, deixem ae um recado final, um salve ou a merda que estiverem a fim de fazer, abrax e valeu!!!!

Distanásia: Em primeiro lugar valeu Sid, grande bróder das antiga ai, sempre dando força pra gente e tal! E esperem que vem coisa boa pra esse ano!
Quem tiver afim de material da banda ou trocar uma idéia e tal só nos contactar!
www.myspace.com/distanasiaascrust
denismacaco@gmail.com !!!

Decadência

Em tempos de bandas nas quais os integrantes se dizem “Rock”, paro pra pensar qual será o futuro do verdadeiro Rock nacional. Como amante do estilo, me preocupo, e muito!

Atualmente, os principais veículos de informação promovem bandas que, se parar pra ouvir as músicas (Eu fiz isso com algumas e me arrependo mortalmente, mas pra escrever este texto tive que fazer isso), nota-se claramente a decadência do Rock tupiniquim. Músicas sem sentido, sem riffs, etc.

Público infanto-juvenil
E acredito que os fãs dessas bandas, geralmente, são ouvintes na faixa etária 12-16 anos que não querem se sentirem excluídos por não ouvirem as mesmas músicas que passam na TV ou se ouve nas rádios, ou seja, não pensam por eles mesmos, fazem coisas do tipo “Vamos usar calças coloridas, passear pelo shopping e ficar gritando pra todos nos olharem e comentarem” WOW! Que ato de rebeldia, meus parabéns! Merecem um troféu...de idiotas, babacas e imbecís. 

Como disse o Lobão recentemente “Quanto mais se facilita a programação, mais imbecil fica o ouvinte e menos possível você consegue resgatar esse ouvinte...”, concordo plenamente.

E não venham dizer que “Ah, mas a internet facilita muito as bandas a divulgarem seus trabalhos, como o MySpace, Youtube, Orkut, Facebook, etc..” ou argumentos do tipo.
Concordo, a internet facilita muito a divulgação de trabalhos, tanto que o Garagem do Metal, Microfonia Metálica e o RockOut possuem este intuito, de ajudar na divulgação. Mas aí fica a pergunta: Será que as emissoras de TV e as rádios não colaboraram? Porque muitas bandas independentes (Muito melhores que as que fazem sucesso por aí), tanto de Rock quanto de Metal, se matam pra divulgar seus trabalhos, fazem shows a troco de nada, só pra poderem tocar, e ainda assim não são reconhecidas. Posso citar várias, como Madra(SP), Carro Bomba(SP), Madame Saatan(PA), entre outras que serão divulgadas aqui no blog.

E a única explicação que vejo é essa, TV e rádio ditando o que se deve ouvir e o povo aceitando. Como disse o Lobão, novamente, “A média brasileira é burra”. E digo mais, é alienada!

"A média brasileira é burra" - Lobão
Mas, como o PC Siqueira, do canal MASPOXAVIDA no Youtube, comentou num vídeo, as pessoas pegam pacotes do que querem ser sem criticar, simplesmente aceitam, e se sentem ofendidas se alguém for contra algo que ela escolheu. O que aconteceu com ele, por exemplo, pessoas religiosas que ficaram extremamente ofendidas por ele ser ateu, pois isso vai contra algo que elas acreditam cegamente. O mesmo digo da molecada, que é um bando de “maria vai com as outras” e com toda certeza está ofendida agora e deve estar falando por MSN, GTalk ou redes sociais “Vamos xingar muito no Twitter!” ou “Puta falta de sacanagem, meu!”.

Não, antes que pensem, não sou discípulo do Lobão ou do PC Siqueira, só estou citando as frases que o primeiro disse numa entrevista pra rádio Transamérica e um acontecimento que houve com o último. E, também não, não estou querendo ofender ninguém. Só estou expressando meu ponto de vista sobre o que está acontecendo com o Rock nacional, aliás, ponto de vista do autor, não condenem o blog por minha opinião, provavelmente toda a equipe tem um pensamento parecido, ou não.

Eu sei, cada um tem seu gosto e temos que conviver com isso. E não duvido que ALGUNS integrantes dessas bandinhas atuais não sejam amantes do Rock. Só que meu ponto não é falar de gostos musicais e sim tentar fazer com que vocês parem pra pensar sobre futuro do nosso Rock! Galerinha do mal, está mais que na hora de acordarmos e salvar o Rock brasileiro! Ligar pras rádios, pedir músicas de Rock! Discutir sobre o estilo com os amigos, apresentar bandas pra estes, chegar “Velho! Olha essa banda que conheci!”, trocar CD’s (Atualmente melhor dizer “trocar arquivos de MP3”). Enfim, ter atitudes em que, depois de tomá-las, você poderá dizer com orgulho pros seus netos “A época que tinha sua idade tínhamos Rock de verdade!”

O público headbanger brasileiro valoriza as bandas locais?

A maioria das pessoas que se interessam pela história do heavy metal no Brasil sabe que o estilo só começou a existir por aqui de fato em 1982, quando a banda paraense Stress heroicamente lançou seu primeiro LP e pavimentou o caminho para outros registros. Mas isso seria o início da gloriosa história do heavy no Brasil? Infelizmente, não.

Stress no estádio do Payssandú, 1982
Os anos 1980 foram, sem dúvida, a época em que o rock pesado mais esteve em evidência nas mídia, graças à primeira edição do Rock In Rio, em 1985. Discos de bandas nacionais vendiam aos montes, os shows - não importava onde seriam - tinham sempre garantia de casa cheia. Bandas como a paulistana Salário Mínimo chegavam a lotar ginásios esportivos, mas o que se vê desde o fim dos anos 80 até os dias de hoje, é um estilo em constante decadência, salvo algumas épocas de certo ressurgimento como entre 1992 e 1996 e início dos anos 2000. Nos anos 90 Viper, Angra e Dr. Sin tiveram seus dias de glória com lançamentos de enorme repercussão (Viper com o Evolution, em 1992; Angra com Angels Cry em 1993 e Holy Land em 1996 e a Dr. Sin com Dr. Sin, em 1993) e colheram os frutos do sucesso. Infelizmente, nenhuma dessas bandas conseguiu manter seu público por muito tempo. No início século XXI o heavy metal viveu outra fase de vacas gordas com o sucesso do reformulado Angra, assim como do Shaman (que teve até música em trilha de novela da Globo), no lado mais extremo tivemos Torture Squad e Krisiun com a popularidade altíssima e todos esses grupos agora tocam para um público muito menor do que naquela época.

 Viper no Monsters of Rock, 1994

De quem seria a culpa por o heavy metal nunca ter consolidado seu espaço perante o público brasileiro, mesmo com toda essa tecnologia que nos proporciona conhecermos diferentes e ótimas bandas do nosso cenário? Nós temos excelentes representantes de praticamente todos os gêneros da música pesada e não existe apoio nenhum do público local, o que leva esses grupos desesperadamente a tentar a fama em solo europeu, geralmente em turnês mal organizadas e com prejuízo na certa. Do norte ao sul do país temos fãs de música pesada, mas há também a tal "segregação" de quem curte heavy metal não gosta de quem curte black metal e por aí vai, o que dificulta também a realização de festivais como o Wacken, na Alemanha por exemplo, que se baseia na diversidade de estilos dentro do metal. Creio que está na hora de valorizarmos o que criamos aqui, o que não é difícil, pois há muitos grupos de qualidade no cenário.

 Hibria no festival Loud Park, Japão, 2009

O que as pessoas que curtem som tem que fazer é fugir do trivial "Iron Maiden-Metallica" e buscar coisas novas. Não precisamos recorrer à cena europeia ou norte-americana pra isso, há bandas como Hibria, Rexor, Hazy Hamlet, The Ordher, Dominus Praelli e Blazing Dog que criam música pesada de respeito e 100% nacional e algumas dessas já possuem muito respeito lá fora, só faltam serem reconhecidas por aqui, o que, espero eu, não demore muito.

Concurso Vintage Times, ainda abertas inscrições

Vi no blog Mafia Rocker, após um conhecido comentar, que está rolando o Concurso Cultural Vintage Times, que, além de comemorar os 85 anos de Chuck Berry, um dos pioneiros do Rock, considerado por muitos como pai do gênero, visa divulgar músicos e bandas ao público em geral, com uma versão individual da canção "Johnny B. Good", do músico, que será recriada à cada participante, sempre e obrigatoriamente de maneira exclusiva. Ou seja, gravar um vídeo da "Johnny B. Good", que não deve ser novidade pra muita gente, e enviar até dia 25 deste mês(Março, para os perdidos no tempo) para a Vintage Times. "Um pouco" tardia a notícia, mas ainda dá tempo pra fazer a inscrição.

Para maiores informações sobre o concurso, tais como premiação, acesse o menu 'Regulamento' no site Vintage Times.

Fontes: Mafia Rocker, Vintage Times.

Colher de Chá, o Woodstock pé vermelho - Parte 1

Para quem gosta de rock nacional e crê que ele ainda vive mesmo nas pequenas manifestações, nos porões pequenos que todos se apertam para ouvirem guitarras distorcidas ou no rádio dos que escutam solitários um riff saudosista, dedicamos essa reportagem que será publicada em partes semanalmente.

"Hoje é o último dia do resto de suas vidas" 
Portanto, apreciem a leitura!

Colher de Chá, o Woodstock pé vermelho


Um dos cartazes do festival.
"Era fim de tarde e a ansiedade era visível em cada rosto da plateia. Muita gente veio de longe só pra presenciar aquele momento. As nuvens avermelhadas no céu testemunhava a chegada da noite  e os primeiros acordes da guitarra anunciavam a chegada do Rock´n Roll Brasil. No palco, a figura impactante de Sérgio Dias trajava uma roupa inteiramente branca, com a monocromia quebrada por duas “scharps” coloridas amarradas nos pulsos. Liminha, o baixista, assustava a plateia com expressões corporais exageradas. Era "Os Mutantes"."


Esse momento, talvez tenha sido o mais marcante do “Colher de Chá”, o Primeiro Concerto de Rock Brasil. Em meio à repressão da ditadura militar do governo Médici, um movimento formado  por artistas da região de Londrina - grupo esse que se reunia na Praça da Bandeira, no centro da cidade - teve a ideia de realizar um festival a céu aberto que englobasse diversas áreas culturais. Depois de muita preparação e muitos percalços no caminho, o festival foi realizado em Cambé, no Norte do Paraná, em 1973. O local escolhido foi o Clube Recreativo Cascata, uma chácara com um enorme campo aberto. Marcado para o dia 4 de fevereiro, o “Colher de Chá” só ocorreu no dia 11 do mesmo mês, porque a aparelhagem que estava em Minas Gerais não conseguiu chegar a tempo.


Ali se sustentava a ideia de uma identidade para o Rock Nacional. Das bandas que tocaram, o estilo que mais se exaltava era o rock progressivo, com letras cantadas em português, o que por si só já era uma inovação. Exemplo maior disso foi "Os Mutantes". Além de toda performance no palco, Arnaldo Batista no órgão, Liminha na base, Sérgio Batista no solo e Dinho na bateria, já sem a presença de Rita Lee apresentaram um show que silenciou a platéia, não só pela qualidade, mas pela forma inédita no Brasil de se fazer Rock. Mas nem só de Mutantes foi feito o "Colher de Chá".  Bandas de importância no cenário nacional, como “Escaladácida”, “Joelhos de Porco” e até mesmo o portenho Tony Osanah marcaram presença na psicodelia do festival. 


Em pleno surgimento do movimento hippie, o "Colher de Chá” sofreu influências da contracultura, movimento que teve sua expressão com o festival de rock Woodstock. Em pleno céu aberto, Woodstock recebeu um público inesperado de mais 500.000 pessoas e  parou a pequena cidade rural Bethel do Estado de Nova York nos Estados Unidos entre os dia 15 e 18 de agosto de 1969. O festival norte-americano era pra ser realizado na cidade de Woodstock, mas a população não aceitou e o festival foi transferido para Bethel. Assim como o Woodstock, o “Colher de Chá” teve projeção para ser realizado em outra cidade, Londrina, mas o projeto não foi apoiado e foi transferido para Cambé.


Estudantes, mochileiros e muitas famílias que partiram em direção para o “Colher de Chá”, assistiam a luta incessante do movimento estudantil contra a repressão militar que se intensificava no país a quase 10 anos. Seria um momento para gritar por liberdade política e posicionar-se contra a ditadura que se arrastava. Mas não, o Colher de Chá exaltava apenas a liberdade de expressão artística.
Liminha e Ségio Dias no Colher de Chá - Fotos cedidas por Wilson Vidotto Estúdio
Até a próxima semana com a continuação de como foi a preparação do do festival.

 
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