O feeling de Led Zeppelin teria tido origens no Brasil ?

O que imperava ao longo da trajetória musical dos anos 70, tanto nas gravações quanto nos shows ao vivo era o feeling, expressão usada até hoje em músicas que possuem "sentimento" ao ser cantada, com dramatizações a cada estrofe e a emoção fluindo em cada refrão. Esse conjunto de sentimento e harmonia musical foi nitidamente percebido e aclamado com Janis Joplin, Led Zeppelin, Jimi Hendrix, Pink Floyd e outras bandas e artistas da década.

Algo parecido também aconteceu com bandas no Brasil, principalmente com Os Mutantes, que colocaram pra fora todo seu feeling, misturado ao seu Rock Psicodélico.
Em 1970 lançaram o LP “A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado” onde o destaque vai para a música "Meu Refrigerador Não Funciona" com mais de 6 minutos de psicodelia. Estranhamente a música é muito parecida com Since I've Been Loving You do Led Zeppelin. Ouçam e comparem:

 


 Ambas a músicas foram lançadas em 1970, não se sabe ao certo quem criou primeiro, mas muitas pessoas através de comentários no site youtube.com acreditam que a música dos Mutantes tenha influenciado Led Zeppelin na criação de Since I've Been Loving You.

Futebol, Mulher e Rock n’ Roll




Para muitos isto pode soar como uma máxima machista, mas para a banda brasileira de Hard Rock, Dr. Sin foi uma de suas músicas mais cantadas.
Lançada em 1997, ano de copa do mundo, cheia de palavras com duplo sentido e com a participação do narrador esportivo Silvio Luiz a música atingiu as paradas da MTV na época.

A banda Dr. Sin foi formada em 1991 pelo guitarrista Eduardo Ardanuy e pelos irmãos Andria Busic (contrabaixo e vocal) e Ivan Busic (bateria e backvocal). Feito apenas um disco, os três integrantes viajaram para os EUA com o intuito de divulgar seu trabalho, fizeram alguns shows por lá e em 1992, assinam um contrato com a Warner Music, uma grande multinacional no mundo da música, o que foi no mínimo espantoso, já que a banda tinha pouco material para demonstração de seu talento.
Em 1993 a banda toca na mesma noite com Nirvana, abre o show dos dinossauros do Deep Purple e ainda no mesmo ano lança um novo cd em nove países pela Warner. Os anos seguintes foram mais prodigiosos, abrindo shows ainda mais consagrados como Bon Jovi, AC/DC, Joe Satriani, Kiss e com seus Cds lançados colocando muita música a ser cantada na boca da galera como: Emotional Catastrophe, Fire, Time After Time, Fly Away e Isolated.

Atualmente, talento é o que não falta para o Dr. Sin: a banda já tem mais de 20 anos de carreira e está no seu 10º álbum, sempre com muito peso e agilidade nos instrumentos, se mantendo como um dos maiores nomes do Hard Rock nacional.





E o prêmio RockOut Zine vai para....


E as premiações da música brasileira, como o VMB 2012 e Prêmio MultiShow 2012 novamente nos deixa descontentes com os prêmios se não é o óbvio, o estilo que cada emissora aposta durante sua programação, poder ser  as carinhas mais bonitas e aqueles que de música realmente não entendem nada, mas sabem vender muito bem. Há algumas ressalvas nas premiações, mas a maioria são aqueles que já estamos de saco cheio e só enchem nossos ouvidos com mais e mais lixo sonoro.

Descontente com tudo isso, esta postagem é dedicada as bandas nacionais que lançaram discos este ano e não ganharam nenhum prêmio, as vezes nem apareceram na imprensa, ou até foram indicados, mas prêmio que é bom, nada! Pena que o álbum do Soufly, Enslaved, não é considerado totalmente nacional. Se fosse gostaria de ver Soufly no meio dessas premiações. O álbum é uma porrada na orelha dos fãs thrash metal, mas sabemos metal não é a praia destes prêmios.


Se fosse indicaria banda paulistana Command6 que lançou este ano o álbum intitulado de Black Flag.  O disco é completo para quem gosta de metal, das passagens mais lentas e melódicas até as rápidas que lembram um crossover. Entre as bandas de metal lembramos também a Redtie (o Tairo Santos já falou dela aqui no blog). Você pode fazer o download do trabalho pelo site da banda. Quem também entra para a lista de lançamentos é Kiko Loureiro com seu projeto solo Sounds Of Innocence.




Já a banda chamada Maldita ousou este ano e incorporou o funk carioca na música Peixes que está no EP Montagem, lançado este ano. Quem indicou esta banda foi o Emanuel Leonardo Azevedo no grupo do Facebook Underground Londrina. No mesmo grupo o Ne Joaquins indicou  o cd lançado por duas grandes bandas do rock nacional Raimundos vs. Ultraje a Rigor. A receita é simples Raimundos toca Ultraje A Rigor e Ultraje A Rigor toca Raimundos.



A banda instrumental Elma também lançou recentemente seu primeiro àlbum completo. Pra quem gosta de som pesado vá logo fazer o download. A banda disponibilizou o álbum gratuito na internet.


Saindo do metal indo para o rock mais alternativo podemos citar a banda baiana Vivendo do Ócio. Indicados ao VMB 2012 nas categorias melhor álbum com o Pensamento é um Imã e música do ano com Nostalgia, a banda não levou nenhum prêmio pra casa. Outra indicação no VMB e sem prêmio foi a banda também baiana Cascadura, com a indicação de melhor álbum. O cd Aleluia foi lançado este ano pelo facebook e está disponível para download no site da banda.



Outra banda que merecia ganhar um prêmio este ano é Autoramas. A banda se lançou no financiamento coletivo e conseguiu produzir o álbum Música Crocrante. O estilo é um rock inocente, dançante, que até chega a ser bem pop. 


Escolher os melhores é um trabalho difícil. Tem muita coisa boa que ficou de fora. Mas fica a dica do RockOut do que rolou de bom no Brasil este ano (e olha que ainda faltam 3 meses pra acabar). Não perca tempo e vá conferir estas bandas, algumas você pode fazer o download gratuito pelo links abaixo:

Download Command6 – Black Flag: http://blackflag.command6.com/
Download  Cascadura – Aleluia: http://bandacascadura.com/aleluia/
Download Redtie - Since 1893: http://www.redtieband.com.br/



Túnel do Tempo: 27 anos do PMRC (Parents Music Resource Center)


Se pudéssemos dividir a história da música em alguns tópicos, esse assunto certamente estaria entre os "bizarros". Tudo começou em 19 de setembro, quando alguns músicos, os senadores Paula Hawkins e Al Gore e também representantes da PMRC foram ao Comitê do Senado expor a sua desaprovação ao conteúdo de algumas músicas que estavam sendo produzidas, convocando uma audiência, que foi aceita. 

Mas o que seria o PMRC? Em 1985 foi formado um comité norte-americano por esposas de diversos deputados, inclusive Tipper Gore, mulher de Al Gore, conhecido por seu engajamento ambiental, que tinha por objetivo alertar os pais dos "perigos" do rock e afins, que segundo a sua concepção, fazia apologia da violência, do suicídio, do crime e consumo de drogas. O "Parents Music Resource Center", como foi chamado, teve tamanha repercussão que muitas gravadoras aceitaram colocar as suas etiquetas que alertavam o conteúdo das letras.



O porquê de tamanho rebuliço seria o fato de Tipper Gore e a filha estarem ouvindo a música "Darling Nikk", do famoso Prince, e Tipper ter interpretado o conteúdo como sexual. E para combater esse tipo de "apologia", o PMRC quis desenvolver sistemas de avaliação, imprimindo avisos em capas de album, pressionando a mídia a não transmitir canções ou vídeos com o conteúdo que avaliaram ser prejudiciais.

A preocupação com esse assunto foi de tamanha dimensão que até uma lista, intitulada "Filthy Fifteen", com as canções de conteúdo mais desagradável para eles foi produzida.

1. PRINCE: Darling Nikki (Sexo/Masturbação)
2. SHEENA EASTON: Sugar Walls (Sexo)
3. JUDAS PRIEST: Eat Me Alive (Sexo)
4. VANITY: Strap on Robbie Baby (Sexo)
5. MÖTLEY CRÜE: Bastard (Violência)
6. AC/DC: Let Me Put My Love Into You (Sexo)
7. TWISTED SISTER: We're Not Gonna Take It (Violência)
8. MADONNA: Dress You Up (Sexo)
9. W.A.S.P.: Animal (Fuck Like a Beast) (Sexo)
10. DEF LEPPARD: High 'N Dry (Drogas/Álcool)
11. MERCYFUL FATE: Into the Coven (Ocultismo)
12. BLACK SABBATH: Thrashed (Drogas/Álcool)
13.MARY JANE GIRLS: In My House (Sexo)
14. VENOM: Possessed (Ocultismo)
15. CYNDI LAUPER: She Bop (Sexo/Masturbação)

Essa organização culpava o rock pelo aumento da criminalidade, e atribuia a músicas como "Don't Fear the Reaper", do Blue Oyster Cult e "Suicide Solution" de Osbourne, como incitadoras do suicídio, músicas essas que, na verdade, foram interpretadas de maneira errônea (Don't Fear the Reaper apenas  fala sobre não ter medo da morte e Suicide Solution era uma referência a morte de Bon Scott, por excesso de bebida. "Solution = Solução", isto é, a bebida)

Alguns músicos depuseram contra a PMRC, como Frank Zappa e Dee Snider. Abaixo, um trecho do depoimento de Dee Snider que se defendia da acusação feita à música "Under the Blade", que remeteria ao sadomasoquismo e ao estupro:

“A Sra. Gore disse que uma de minhas músicas, ‘Under the Blade’, encoraja ao sadomasoquismo, servidão e estupro. As letras que ela citou não têm absolutamente nada relacionado com estes assuntos. Ao contrário, as letras em questão são sobre cirurgia e o medo que ela causa nas pessoas. Como o criador de ‘Under the Blade’, eu posso dizer categoricamente que... o único sadomasoquismo, servidão e estupro nesta música estão na cabeça da Sra. Gore.”

E para encerrar, ilustrando ainda mais esse fato curioso, abaixo, uma das capas "não-recomendadas" que poderiam desestruturar uma família nuclear feliz.


Projetos solo e os integrantes do Iron Maiden


Alguns músicos realmente não conseguem sossegar em apenas uma banda e ficam criando projetos solo, novas bandas e se enchem de compromissos. Bom para nós fãs, que podemos ouvir mais e mais coisas produzidas.Quem finalmente entrou para a lista destes músicos é Steve Harris. O líder e principal compositor do Iron Maiden, vai lançar seu primeiro disco solo no dia 24 de setembro.

Intiludado de British Lion, o álbum possui dez canções, e foi produzido por Kevin Shirley com as participações do vocalista Richard Taylor e do guitarrista David Hawkins. Segundo o jornalista Nick Ruskell as músicas que compõem o disco de  Steve Harris são pesadas, com riffs orientados para o rock e o heavy metal, mas nada parecido com o Iron Maiden.  O anúncio do lançamento de British Lion pegou todo mundo de surpresa, pois o projeto só foi anunciado em junho, e o trabalho chega as lojas neste mês.


Mas como todos sabem, Harris não é o primeiro do Iron Maiden a embarcar em um projeto solo paralelo à banda. O vocalista, Bruce Dickinson gravou seu primeiro disco solo em 89, Tattooed Millionaire, ao lado de Janick Gers, que mais tarde entraria no Maiden substituindo Adrian Smith, que saiu da banda anos antes para se dedicar ao Adrian Smith Project.  Bruce ainda gravou mais um disco solo permanecendo no Maiden, mas decidiu sair em 93, no final de uma turnê da banda pela Europa. Porém, em 1999 Bruce e Adrian estavam de volta no Iron Maiden, onde estão até hoje.


O vocalista permaneceu gravando seus projetos, numa linha mais pesada e moderna do que no seu grupo principal. Já o guitarrista Adrian Smith lançou recemente seu novo projeto solo, o primeiro como membro do Iron Maiden, o Primal Rock Rebellion. Ao lado do vocalista Mikee Goodman, do SikTh, Smith lançou o Awoken Broken, o disco segue a linha heavy metal moderno, outra sonoridade diferente da que segue o Iron Maiden.


Mesmo cheios de projetos solo, os integrantes seguem em turnê com banda. O Iron Maiden  conseguiu que a turnê Maiden England Tour 2012 fosse apontada pela Billboard como a terceria mais lucrativa do primeiro semestre deste ano. 

Rock n’ Roll Racing: Muito mais que um jogo de corrida



Se você viveu a década de 90, principalmente quando criança, possivelmente tenha se deparado com um dos objetos de maior desejo da pirralhada, o Videogame, aqueles que se assopravam as fitas, lembram? Mas o que esses cobiçados consoles de cartucho da época tem a ver com o nosso bom e velho Rock?

Convenhamos, Super Mario é o mais consagrado, mas o destaque que deve ter passado desapercebido foi um jogo muito peculiar chamado Rock n’ Roll Racing, carros de corrida disputando em uma pista ao som de Black Sabbath, Deep Purple, George Thorogood, Golden Earring e até mesmo Steppenwolf. Isso mesmo, A clássica música Born to Be Wild cultuada pelos motociclistas está presente também neste jogo de corrida futurista em que ocorrem competições entre personagens de vários planetas diferentes.



Se está curioso para saber o que perdeu quando criança, veja no vídeo abaixo o que rolava neste joguinho com gráficos em 16 bits, porém com uma trilha sonora de muito Rock n’ Roll.



Os Inconfundíveis ZZ Top

 
Estes simpáticos barbudos são Billy Gibbons e Dusty Hill, integrantes da banda americana ZZ Top, uma mistura de Rock n’ roll e o inconfundível Blues. Billy (guitarra e vocal), Dusty (baixo e vocal) e Frank Beard (bateria) formam um power trio de muito respeito com mais de 40 anos de carreira, isso mesmo, os três integrantes são provavelmente uma das poucas bandas com os integrantes originais desde o início.

O ZZ Top surgiu em 1969 no Texas, com uma proposta de guitarras evidentemente influenciadas pelo Blues, mescladas com as marcantes batidas de baixo e bateria influenciadas pelo Rock. Assim a banda conseguiu sucesso com as músicas Bar-B-Q, La Grange, Beer Drinkers & Hell Raisers e Tush.

Em 1981 a banda utiliza a tecnologia para fazer músicas com sintetizadores, criando a sua característica marcante nessa fase dos anos oitenta. As músicas mais consagradas são Tube Snake Boogie, Gimme All Your Lovin, Sharp Dressed Man, Legs, Can't Stop Rockin, Delirious, Velcro Fly e Bad Girl

Em 1990 as músicas My Head's in Mississippi, Give It Up e Doubleback mostram que apesar da tecnologia não deixam de fazer um bom Blues Rock.

Depois de nove anos sem lançar nenhum trabalho novo, ZZ Top lançou ontem um novo disco intitulado “La Futura”, não deixem de conferir.

Curiosidades:

A empresa Gillette ofereceu a Billy e Dusty 1 milhão de dólares, para que eles cortassem suas barbas em um comercial. Eles recusaram.

No Filme “De volta para o futuro III” a banda aparece em meio ao cenário como personagens do velho oeste. A música Doubleback foi tema do filme.

A banda aparece no seriado “Dois Homens e Meio” os integrantes perseguem Charlie no episódio 21 da 7ª temporada.

No clipe da música “Blind in Texas” da Banda W.A.S.P. Quando o vocalista está correndo pelo Texas a banda aparece no clipe, possivelmente são só atores, mas não deixa de ser uma homenagem.

O baterista Frank Beard é o único integrante sem barba, porém “beard” significa barba em inglês.





Panzer apresenta novos membros

Formado em 1992 e com dois discos lançados nos anos 1990 e início dos anos 2000, "Inside" e "The Strongest", o Panzer, Thrash Metal, apresenta os novos músicos em sua volta: Rafael Moreira(ex-Reviolence), nos vocais e Rafael DM(Devon) no baixo, além de André Pars na guitarra e Edson Graseffi na bateria.

Para o retorno, a banda segue nos preparativos finais do single "Rising", que será liberado para download gratuito nas próximas semanas.

Curiosidade: Ronnie James Dio

Muita gente acha que Dio, um dos melhores - se não o melhor - vocalistas de Heavy Metal, cantou apenas dentro deste estilo. No texto "Bandas e sua formações instáveis: Black Sabbath - Parte 1", ao falar da formação do disco "Heaven and Hell", comentei que ele já tinha sido vocalista da banda Elf, Blues. Lendo as matérias do Whiplash, vi uma matéria sobre Dio e outros vocalistas, falando sobre o passado destes. Pois bem, Dio, antes de entrar para o Rainbow cantou em algumas bandas mais próximas do que seria o Rock'n Roll da época (entre a década de 1950 e 1960), nada relacionadas com o Heavy Metal, estilo que o consagrou, e não apenas no Ronnie Dio and The Prophets. Começou formando a The Vegas Kings em 1957, que mudou de nome, sendo chamada de Ronnie and the Rumbles, Ronnie and the Redcaps, sendo separada em 1961. Após isso, formou o Ronnie Dio and the Prophets no mesmo ano. Esta durou até 1967. Formando, logo depois a banda The Eletric Elves, que teve duração de 1967 a 1969, e a banda The Elves, de 1969 a 1970, até que formou a Elf, que durou de 1970 a 1975. Vejamos alguns vídeos:

Ronnie and the Red Caps: Dio integrou na segunda metade da década de 1950


Ronnie Dio And The Prophets: Formada com Dick Bottoff na guitarra, Ronnie James Dio no baixo e vocal, Nick Pantas na guitarra e Tommy Rogers na bateria.


The Eletric Elves:

The Elves:
Elf:
O resto da história, creio que todo mundo já saiba
Até a próxima!

Fonte: Encyclopaedia Metallum - The Metal Archives

Sobre nossos ídolos

Os anos estão passando e nossos grandes astros do rock dos aos 60/70/80 estão ficando mais velhos. Alguns estão indo embora, como Jon Lord, Dio e recentemente, aqui no Brasil, Celso Blues Boy.
Outros não passaram dos seus 27 anos, a idade mítica que se pode morrer de overdose ou cometer suicidio.  Há também os grandes nomes que permanecem vivos como os caras dos Rolling Stones, Beach Boys, Lynyrd Skynyrd, eles já passaram por todas as loucuras que envolvem o mundo dos grandes astros do rock e permanecem na ativa. 
Rolling Stones
Nós passamos a admirar esses caras, mas será que estas lendas do rock permanecerão vivas no imaginário das gerações futuras? É lógico eu não posso responder essa questão. Mas os saudosistas das décadas áureas do rock podem dizer que ídolos como estes não existirão mais.  Já os mais novos podem apontar outros astros, como Dave Ghrol. Resta-nos a esperança de que novos ídolos nasçam e que os grandes músicos não sejam esquecidos pelo tempo. E o mais importante, que esta safra dos astros do rock não permaneça restrita às décadas do século do passado. 

Imminent Attack disponibiliza novo álbum

Créditos: Pepe Brandão
 O primeiro disco do da banda Imminent Attack, Thrash Metal, enfim está disponível, intitulado  "Deliver Us From Ourselves".

O material foi produzido por Rafael Augusto Lopes que, além de ter tocado com a Torture Squad, já trabalhou com bandas como Lothlöryen, Hangar, Dr. Sin, Kiko Loureiro, Threat, Baranga entre outras. 

O disco ainda conta com as participações do vocalista Pedro Poney, da banda Violator e do próprio Augusto Lopes.

A arte foi feita pelo artista Carlos Cananea, especializado em  materiais relacionadas ao automobilismo e que estreou no ramo musical com este material para o Imminent Attack.


Fonte: Metal Media

Panzer divulga capa e título de novo single

Créditos: Carla Santos
Os músicos do Panzer mantém o rítmo de produção e gravação do novo single, que marcará o retorno da banda,

O novo material, intitulado "Rising", tem previsão de lançamento para as próximas semanas e será liberado gratuitamente para download.

Recentemente, os músicos da banda comentaram sobre o retorno e o single: "Estou muito feliz com a volta do Panzer e com tudo que está acontecendo com a banda. É engraçado, pois sinto o mesmo frio na barriga que senti quando a banda lançou o "The Strongest" em 2001. É um sentimento muito legal! Estou bem ansioso pra mostrar pra todos que curtem a banda, que ainda temos muito a oferecer. Só tenho a agradecer, todas as manifestações e apoio que estamos recebendo por conta desse retorno à ativa. É difícil descrever o quanto estou feliz com essa volta e acima de tudo. Nada melhor do que entrar no estúdio após esses anos todos e, na primeira música tocada, ter a certeza de que essa volta é pra valer... Me sinto como um garoto, que foi embora de casa e que um dia resolveu voltar e, pra sua surpresa, é recebido de braços abertos e aí, tem a certeza de que nunca devia ter ido embora. Já colocamos a máquina pra funcionar e posso adiantar que não vamos decepcionar quem acredita no nosso som.", comenta André Pars, guitarrista do grupo.

Edson Graseffi, baterista da banda, completa: "Trazer o Panzer de volta a ativa é como retornar para casa. Acho que esse é o sentimento e o clima que existe dentro da banda hoje. Todo respeito que mantivemos por esse trabalho por todos esses anos manteve a história da banda intacta. Acredito que as pessoas tem percebido isso e estão valorizando dia a dia a volta da banda. Estamos olhando para frente e a para o futuro, temos muitos planos que já estão sendo realizados e prometo aos fãs que eles não vão se decepcionar."

Formado em 1992 e com dois discos lançados nos anos 1990 e início dos anos 2000, "Inside" e "The Strongest", o grupo se consolidou como um dos principais nomes do Thrash Metal nacional.


Zombie Cookbook lançará split com Offal

Paralelamente ao lançamento do álbum "Outside the Grave", o Zombie Cookbook anuncia a parceria com a banda Offal para o lançamento de um split.

O material, ainda sem nome definido, será lançado em vinil 7", contendo duas músicas de cada banda. "As músicas do Offal já estão prontas e nós entraremos em estúdio no final de agosto",  comenta Dr. Stink, vocalista do Zombie Cookbook.

"Para nós é uma satisfação enorme dividir esta bolachinha com uma banda que nós curtimos muito e somos muito amigos. Aguardem pois levantará muitos de suas confortáveis tumbas!" finaliza Horace Bones.

O disco "Outside the Grave" tem previsão de lançamento para meados do segundo semestre e um trailer, com as músicas em pré-mix, pode ser visto a seguir:


Fonte: Metal Media

Tem Que Ouvir: Remove Silence

Muitos conhecem o guitarrista Hugo Mariutti como guitarrista que toca na banda solo do André Matos, com quem tocou no Shaman. O que a maioria não sabe é que Hugo possui outras duas bandas que são Hecenforth e Remove Silence. Aproveito o post de hoje para apresentar o Remove Silence.

Banda de São Paulo, formada em 2007 por Hugo Mariutti na guitarra e no vocal, Fabio Ribeiro no teclado(Ex-Angra e ex-Shaman), Ale Souza no baixo e Edu Cominato na bateria (este toca na banda do vocalista Jeff Scott Soto), lançou seu primeiro disco em 2009, intitulado "Fade", contendo onze faixas. Em junho deste ano, o grupo lançou o seu segundo trabalho, o "Stupid Human Atrocity". A banda apresenta um Rock Alternativo com elementos do Metal.

Confira o clipe oficial da música 'Fade':

Bandas e suas formações instáveis: Black Sabbath - Parte 2

Semana passada postei a primeira parte do texto "Bandas e suas formações instáveis: Black Sabbath - Parte 1", nesta segunda parte poderá conferir outros vocalistas que passaram pela banda, participações de Rob Halford em shows, reuniões das formações clássica e do disco "Heaven and Hell".

Em 1986, Tony Iommi lançou o álbum "Seventh Star", anunciado como "Black Sabbath featuring Tony Iommi". Deveria tratar-se de um álbum solo de Iommi, mas a gravadora decidiu usar o nome do Black Sabbath. Glen Hughes, ex-Deep Purple (Acho que o próximo texto falarei sobre o Deep Purple), foi o vocalista, Eric Singer na bateria e Dave Spitz no baixo. Durante a turnê americana foi substituído por Ray Gillen. Mas sinceramente, considerar como disco do Black Sabbath chega a ser uma blasfêmia. Outras curiosidades, no penúltimo show da tour, Hughes estava com a voz tão deteriorada, que o microfone do backing vocal, feito por Geoff Nicholls, estava no mesmo volume que o microfone de Hughes, até que a partir de 'Neon Knights', o vocal ficou por conta de Geoff. No mesmo ano, Geoff foi classificado como integrante oficial do Black Sabbath e ficou visível durante as apresentações (antes ficava num canto escuro, que ninguém via nada). O vocalista Jeff Fenholt jura que integrou o grupo em 1985, mas Tony Iommi nega, dizendo que Jeff apenas participou de testes quando o Black Sabbath sequer estava realmente ativo, só que várias ideias de Fenholt nos ensaios que fez acabaram usadas no disco e o próprio reivindica co-autoria em algumas canções aproveitadas para o álbum, sem os devidos créditos lhe terem sido concedidos. As demos dessa época são encontradas facilmente no bootleg "Star Of India".
Ray Gillen, Eric Singer, Tony Iommi, Dave Spitz and Geoff Nicholls
Em 1987, Sabbath lança o "The Eternal Idol", com a formação constituída por Tony Iommi, Tony Martin nos vocais, Bob Daisley e Dan Spitz no baixo, Bev Bevan na percussão e Eric Singer na bateria. Ray Gillen aparentemente gravou este álbum e saiu antes que ele fosse lançado. Logo Martin regravou os vocais. Mas a banda continuava instável, o disco foi um fiasco de crítica e, os shows, de público.

Em 1989, o Black Sabbath lançou "Headless Cross". A formação consistia de Tony Iommi, Tony Martin, Cozy Powel, ex-Rainbow, na bateria e Laurance Cottle no baixo. Cottle mais tarde foi substituído por Neil Murray. É notório nesse disco que o som soava mais melódico, talvez pela voz de Martin e por causa dos solos de Iommi não terem mais aquela pegada Blues, no entanto, acho que o disco foi bem melhor que os dois anteriores, a tour teve sucesso maior (pra não dizer fracasso bem menos pior que os anteriores) e trouxe um clima mais sombrio, mesmo soando melódico, ao meu ver. Mas vale destacar que esse clima sombrio foi graças ao teclado de Geoff.
Tony Iommi, Cozy Powell, Tony Martin e Neil Murray
Em 1990, foi gravado "TYR", disco conceitual, sobre lendas nórdicas. Percebe-se uma banda que já não sabia mais o que fazer, sem rumo. Mas no ano de 1992, houve a reunião de nada menos que o quarteto que gravou o clássico "Heaven and Hell": Dio, Geezer, Appice e Iommi. (Não podemos esquecer todos juraram que haviam superado os problemas do passado, que águas passadas não movem moinhos. O que a grana não faz, não?). O álbum "Dehumanizer" foi aclamado, e com razão, a banda soava de maneira inesquecível, com riffs e vocais poderosos, baixo pesadíssimo e a bateria seca. Este foi outro dos melhores discos do Sabbath (TV Crimes é a minha favorita desse disco). Vale lembrar que foi na tour desse disco que a banda pisa pela primeira vez na terra tupiniquim.
Vinnie Appice, Geezer Butler, Ronnie James Dio e Tony Iommi
Mas, novamente, adivinhem só? Um doce pra quem acertar o que começou a rolar (Mentira). O ego começou a falar mais alto, um querendo aparecer mais que o outro. Até que o estopim foi o convite para o Black Sabbath tocar como banda de abertura do show de despedida de Ozzy Osbourne nos EUA. Dio não concordava com isso e não suportou ver a formação original no palco sem ter sido consultado. Houve então declarações “calorosas”, desaforos na imprensa, até que Dio e Appice se desligam da banda. Para substituir Dio até o fim da turnê, Iommi chamou Rob Halford. Nesse mesmo show, os membros da formação original do Sabbath trocaram juras de amor, até anunciaram um novo álbum de estúdio para os fãs.
Rob Halford e Tony Iommi - Live in Costa Mesa

Formação original - Live in Costa Mesa
Até que tio Ozzy se sentiu traído, pelo fato dos advogados dos demais membros pedirem "quantias astronômicas" para gravarem um novo disco, chamando os ex-companheiros de aproveitadores. Tio Iommi não podia ficar quieto e anunciou que jamais gravaria algo com Ozzy novamente.

Em 1994, é lançado o disco "Cross Purposes", com Martin nos vocais e Bobby Rondinelli na batera, e pra quem esperava algo no nível, ou ao menos próximo, do disco anterior, sentou na boneca. Ao meu ver, é um disco realmente fraco, mas não estou aqui pra comentar os discos e sim as mudanças na formação do grupo, e na minha opinião, a bateria está bem concisa, Bobby foi uma boa escolha pro posto ocupado anteriormente por Appice.

"Forbidden" foi lançado no ano de 1995, com Murray de volta ao baixo e Powell na batera. Outra vez, vemos a banda sem rumo, gravando um Power Metal (Ou algo próximo disso, não me lembro mais, faz anos que ouvi esse disco e nunca mais peguei pra escutar). Durante a tour pelos EUA, Powell cai fora da banda, dando lugar a Rondinelli, novamente. Mas a banda soava ridícula na época (Desculpem a sinceridade).

Eis que, em 1998, Black Sabbath volta com a formação (quase-)original, com o disco ao vivo "Reunion", para a alegria dos fãs da fase Ozzy. Digo "(quase-)original", porque os primeiros shows foram feitos com Mike Bordin na batera, o que gerou um certo descontentamento para Bill Ward, já que Ozzy e Iommi disseram que Bill Ward não tinha mais condições de tocar um show inteiro (o engraçado é que Ozzy também não estava mais na sua melhor forma, não aguentava mais alcançar notas agudas, tanto que Geoff fazia essas notas no backing vocal, embora não sendo creditado, já que era uma tour de reunião da formação original, a gravadora não permitia a presença do quinto elemento no palco). Sabe-se lá o motivo, o que se sabe é que eles voltaram atrás nas suas declarações, chamam Bill e gravam os dois shows com ele na batera. O álbum continha ainda duas faixas inéditas de estúdio, composta pela formação original, após duas décadas, apesar dessas serem inúteis. Geezer, em uma entrevista, falou que uma das faixas, a 'Selling My Soul' teve a bateria gravada por Mr. Roland, com batera eletrônica, e Bill Ward só teve conhecimento disso depois do disco ser lançado. Após a tour, foi anunciado que a banda entraria em estúdio para um disco de inéditas, até que Ozzy desiste, por achar o material dos demais integrantes fraco, enquanto esses sempre deixavam claro não serem banda suporte da carreira solo de Ozzy e queriam que ele se comprometesse mais com o Sabbath. E adivinham qual foi o resultado? Uma nova separação e, aparentemente, o grupo tinha posto um ponto final nas suas atividades.

E foi, de fato, o "fim" da banda. Entretanto, em 2004, lançam a coletânea "The Dio's Years", contendo apenas músicas dos discos gravados com Dio no vocal. Geoff Nicholls deixa a banda após 25 anos ao lado de Iommi.

No ano de 2006, Black Sabbath entrou para o Rock and Roll Hall of Fame. Com o aparente fim da banda, no mesmo ano foi anunciada uma turnê com a formação do álbum "Heaven and Hell". O nome da excursão foi Heaven & Hell. Mas ainda em 2006, Bill Ward cai fora do projeto, pois especularam sobre um novo nome para o grupo, e foi substituído por Appice. Uma especulação maior ainda foi se Geoff Nicholls voltaria para a banda também, porém esse não foi convidado.
Heaven and Hell
No ano seguinte, o grupo lança "Live from Radio City Music Hall", um disco ao vivo, só que não com o nome de Black Sabbath, banda passou a se chamar Heaven & Hell. Os quatro permaneceram únicos e, em 2009, lançam o álbum "The Devil You Know" (Disco bom demais!). No mesmo ano de lançamento do disco, Dio foi diagnosticado com câncer no estômago. Lutou até maio de 2010 e faleceu no dia 16, aos 67 anos, deixando muitos fãs de Rock e Heavy Metal órfãos (Dramático, não?).

Aparentemente era realmente o fim do Black Sabbath. Mas, na data 11/11/11, a formação original retorna, prometendo um disco de inéditas, após 33 anos sem essa formação lançar nada novo, fora uma turnê mundial.
Bill Ward, Tony Iommi, Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Rick Rubin (produtor)
Mas, como é sabido pelos fãs de Rock e Heavy Metal, Iommi foi diagnosticado com câncer de linfoma em janeiro deste ano, o que alterou planos da banda. Bill desistiu da reunião em fevereiro, certo tempo depois, Appice disse que aceitaria integrar a banda, mas declarou ao Powerline que isso não aconteceria. O baterista Tommy Clufetos, da banda solo de Ozzy, assumiu o posto e o grupo se apresentou duas vezes este ano, o primeiro show foi em Birmingham e o segundo em Donington Park, no Download Festival.

Uma curiosidade, Ian Gillan e Tony Iommi, gravaram um single para caridade em 2011 e este ano voltaram a entrar em estúdio e gravar o novo álbum do Who Cares, lançado em julho.

Como puderam ver nas duas partes do texto, Black Sabbath nem sempre foi composto de apenas quatro membros. Teve Geoff Nicholls, que ficou na banda por 25 anos consecutivos, este é dito como membro obscuro do Black Sabbath. Notaram também, que após a saída do Ozzy, o grupo nunca foi tão estável assim, praticamente trocava vocalistas e bateristas a cada disco novo (desculpem fãs do Dio, mas é verdade). Se os pais Heavy Metal nunca foram estáveis, quem dirá uma banda "underground"?

Deixe seu comentário! Até a próxima!

Hellight gravando novo disco

Hellight
Créditos: Carol Pucci
O grupo Hellight, Doom Metal, recentemente terminou o período de composições e pré-produção e já está em estúdio gravando o material sucessor do "...And Then, The Light Of Conciousness Became Hell...", lançado pelo selo russo Solitude Prods.

Segundo a banda, os headbangers podem esperar por um disco denso e carregado de camadas, característica do Hellight. Este novo trabalho também marca a estreia de Evandro Camellini na bateria.

As novidades não acabam por aí. Recentemente foi relançado - também pelo selo russo - o segundo álbum do grupo, "Funeral Doom", em uma edição contendo o CD do álbum e mais um CD de bônus com o EP "The Light That Brought Darkness" que conta, além da faixa-título, com versões de músicas clássicas do Rock/ Metal mundial.

Fonte: Metal Media

Red Front no Under Metal Fest 2012

O Red Front, Death/Thrash Metal, será uma das atrações do festival goiano Under Metal Fest que este ano terá como headliner a banda norte-americana Black Label Society.

O festival será em novembro,  nos dias 22, 23 e 24, no Sol Music Hall, Clube Jaó, Goiânia/GO.

O grupo se apresenta no dia 23, sexta-feira, ao lado das bandas Hangar, Lock-Up, Behavior e True.

Mais informações pelo site: http://migre.me/adND3

Fonte: Metal Media

Necropsya disponibiliza single para download

Necropsya
Créditos: Andre Smirnoff
O Necropsya, Thrash Metal, acaba de lançar um novo single para download gratuito. A música se chama 'Isolation'.

O novo trabalho foi gravado no Click Estúdio de Curitiba, e teve a produção da própria banda, que comenta "Durante a composição das novas músicas, fechamos a pré-produção com este estúdio que já trabalhou com principais artistas do Brasil, então, mesmo tocando Metal, sabíamos que o resultado ficaria bacana! Aí, foi só acertar a pegada."

Para baixar o single gratuitamente, clique no link: http://migre.me/adNdq

Fonte: Metal Media

Tem Que Ouvir: Redtie

Muita gente que dizia que não há bandas boas atualmente, e que dificilmente sairia algo realmente bom este ano, muito menos nacional, está pagando a língua. Lançado em 2012, o disco "Since 1893", da banda curitibana Redtie, é uma prova disso. Disponível para download no site oficial da banda, o disco possui catorze faixas agressivas, rápidas e que abordam, inúmeros temas, sendo alguns de cunho histórico, sobretudo brasileiro, e outros sobre política, cinema, literatura e violência. Uma boa pedida para os fãs de Death/Thrash Metal.

Confira a música 'Ultraviolence'

Minha história com Celso Blues Boy e o disco Indiana Blues

   É estranho como alguns fatos se conectam aos outros. Hoje pela manhã estava ouvindo o disco Indiana Blues, do Celso Blues Boy - fazia alguns meses que não o ouvia e, poucas horas depois, recebo a notícia de seu falecimento. Não sou o tipo de pessoa que lamenta sobre a morte, mas o que aconteceu hoje me fez pensar na influência que o trabalho citado acima exerceu na minha vida.
Capa do Indiana Blues - 25 anos
   Meu pai sempre gostou de rock n' roll e foi através dele que tive os primeiros contatos com esse mundo, e mesmo quando ele e minha mãe se divorciaram, continuou tendo importante influência sobre meus gostos musicais, mesmo que alguns deles só tenham aflorado mais tarde.
   Indiana Blues - 25 anos, foi me apresentado pela minha irmã, Denise, em 1997, mas minha memória relaciona esse álbum com meu pai de uma maneira muito forte. Lembro-me de quando ficavamos nós dois ouvindo esse disco enquanto ele cuidava da churrasqueira e brincávamos com o saudoso Angus, nosso cachorro boxer. Indiana Blues também foi a trilha de uma viagem para Santa Catarina que meu pai não deve ter boas memórias, assim como quando fomos à Jandaia do Sul com minha irmã. Eram "tempos difíceis", no que diz respeito à minha personalidade e a da Denise.
Meu pai (Nelson), Denise e eu em 2010
   Pouco tempo depois, no auge da rebeldia adolescente, acabei deixando esse album de lado, e só voltei a ouvi-lo a uns 5 anos atrás, e posso afirmar que é o melhor disco de blues já produzido no Brasil. Independente das memórias afetivas que tenho, "Mississipi" (com participação do mestre B.B. King), "Liberdade", "Apenas Outro Blues" e tantas outras, mereciam ser clássicos eternos da nossa música popular. Indiana Blues é repleto de interpretações fortes, carregadas a cabo por Celso, que dá a dose necessária de sentimento que sua música necessita.
   Saber que Celso se foi tão cedo e sem ter o devido reconhecimento é muito triste, mas não acho que ele tenha partido com alguma mágoa, pois ele sempre viveu o Blues, e quem se dedica a esse estilo não busca o estrelato, e sim uma forma de expressar suas angústias. Mas falando por mim, fui pego pelo Indiana Blues duas vezes, de formas diferentes.

Bandas e suas formações instáveis: Black Sabbath - Parte 1

Após eras sem postar, dou continuidade à série "Bandas e suas formações instáveis", tratando da principal e, talvez, mais influente banda de Heavy Metal do mundo, sendo considerada a pioneira do estilo, Black Sabbath! Pra quem não conferiu os outros dois textos, seguem os links:
Segue também o link do texto do colaborador Rodrigo Ribeiro Freitas: 
Geezer Butler, Bill Ward, Ozzy Osbourne e Tony Iommi
Formada em Birmingham, Inglaterra, em 1968, pelos tios Ozzy, Iommi, Geezer e Bill Ward, o Black Sabbath, que com uma bruxa misteriosa na capa, o crucifixo invertido na contracapa, canções sobre temas "obscuros" e "satanistas" e com o peso da guitarra de Iommi aliado às linhas de baixo de Geezer, à batera de Ward e à voz de Ozzy, lança, em 1970, seu primeiro disco, homônimo. Este trabalho chegou ao top 10 das paradas britânicas, permaneceu por três meses e valeu à banda fãs fervorosos, inclusive no outro lado do Atlântico.
Depois disso, veio o clássico "Paranoid", considerado por muitos como primeiro de Heavy Metal da história, esse foi o primeiro disco de platina da banda e proporcionou a primeira tour nos EUA. Aí veio, ainda com a formação original, "Master of Reality"(1971), "Vol. 4"(1972), "Sabbath Bloody Sabbath"(1973) (Na minha humilde opinião, com uma pegada bem Hard Rock), “Sabotage”(1974) e o "Technical Ecstasy"(1976).

Todavia, em 1972, ano de lançamento do "Vol. 4", o quarteto já estava cansado das tours e viagens constantes, sem contar que o consumo de drogas e bebidas era cada vez maior. O cansaço fez os quatro ficarem em casa no ano de 1973. Aproveitaram para lançar um disco com uma pegada mais Hard Rock, o "Sabbath Bloody Sabbath". 
Bill, Ozzy, Iommi e Butler
Em 1974, a estafa batendo forte, a falta de paciência e o consumo excessivo de drogas e álcool motivavam constantes brigas entre os caras. Antes do lançamento de "Sabotage", haviam rumores que os integrantes lançariam discos solo para acalmar os ânimos. Lançado o disco, durante a turnê de divulgação, feita nos EUA, a banda notou que algumas das faixas se tornavam complicadas demais para serem reproduzidas ao vivo. Acrescente agora uma pitada de insatisfação de Osbourne com os acontecimentos recentes da banda (Ele reclamava do tempo gasto em estúdio, pois o primeiro álbum foi gravado com apenas 600 libras e em três dias, e "Sabotage" levou um ano de produção), só poderia resultar na clássica guerra de egos e divergências nas opiniões. Com o "Technical Ecstasy", apesar de ter alcançado disco de platina, as brigas só pioravam e tio Ozzy deixava claro sua insatisfação com o direcionamento musical ditado pelo tio Iommi.

Finalmente, em 1977, Ozzy Osbourne, por motivos pessoais (Será?), deixou a banda, dando lugar para Dave Walker, do grupo Fleetwood Mac. No entanto, essa nova formação só fez uma apresentação ao vivo, em um programa de TV e gravou "Junior's Eyes", pois Walker permaneceu de outubro de 1977 a janeiro de 1978, porque o grupo não queria outra pessoa a não ser Ozzy no posto de vocalista.
Black Sabbath com Dave Walker

Pois bem, com Osbourne de volta, no ano de 1978, lançam o oitavo disco de estúdio, o "Never Say Die", a capa é horrível, na opinião deste que vos escreve. "Never Say Die" captura toda a força da formação original, apesar de contratempos (Flertes com jazz, experimentalismos desnecessários e a falta de pegada frustrarem Ozzy novamente). Mas ele deu uma segunda chance e gravou o disco inteiro, mais porque a banda completava dez anos de estrada e a tour seria comemorativa do que por qualquer outro motivo (Ou seja, por grana mesmo). A turnê foi feita ao lado do Van Halen, que estava começando, isso foi crucial para a saída do Ozzy, pois o público enlouquecia com a performance do Van Halen e ia embora durante a apresentação do Sabbath.

Membros do Black Sabbath, Van Halen e Thin Lizzy
Em 1979, Ozzy Osbourne deixa a banda de vez e foi substituído por Ronnie James Dio (Sim, DIO!), um estadunidense que foi vocalista do grupo Elf (Blues de primeira, hem!) e da banda Rainbow, de Ritchie Blackmore. "Heaven and Hell" (Um dos mais memoráveis da banda, se não o mais memorável), lançado em 1980, foi o primeiro álbum com Dio. Algumas curiosidades sobre o disco é que Ozzy chegou a gravar algumas demos e que, apesar de Geezer ter gravado o disco, quem compôs as linhas de baixo foi Geoff Nicholls, ex-tecladista e guitarrista do World of Ozz e do Quartz. Este entrou para a banda para tocar baixo, já que Geezer também havia se desligado do grupo, voltando em pouco tempo, e Geoff ficou no teclado.

Geoff Nicholls
Mas nem tudo são flores, durante a turnê do disco, Bill Ward se desliga do grupo, alegando problemas pessoais, só que o baterista bebia demais e mal se mantinha em pé. Sabemos também que Bill Ward sempre se sentiu mal com a saída de Ozzy, segundo entrevistas, ele foi "coagido" por Iommi a dar a notícia da demissão do ex-vocalista, ficando conhecido como o "vilão" na história.

No ano seguinte, Sabbath lança o disco "Mob Rules", com ninguém menos que Vinnie Appice na batera, trazendo vários fãs de volta. Só que atritos entre Dio e a dupla Iommi e Butler cresciam cada vez mais. Os dois remanescentes da formação original suspeitavam que o vocalista estava usando o Sabbath para promover sua carreira solo, até o apelidaram de "Pequeno Hitler". Em 1982, lançaram um álbum ao vivo, "Live Evil", contendo os principais sucessos da banda de todos os álbuns na voz do Dio (para alfinetar Ozzy). Logo após a gravação, Dio e Vinnie sairam da banda, deixando Iommi, Butler e Geoff sem saberem o que fazer. Segundo os rumores, Dio "sabotou" a mixagem do álbum para destacar a sua voz no som da gravação.
Tony Iommi, Vinnie Appice, Dio, Geezer Butler
O disco "Born Again" foi lançando no ano de 1983, com Ian Gillan, ex-Deep Purple, nos vocais e Bill Ward de volta na bateria. Durante a tour, Bev Bevan, da banda ELO, substituiu Ward (Há quem diga que Bev gravou a bateria do disco, apesar de ser creditado a Ward). Depois da turnê, Bevan e Ian Gillan deixam a banda. Bill Ward voltou e o grupo experimentou um novo vocalista, Dave Donato. Esta formação nunca gravou e Dave Donato foi demitido da banda após uma entrevista em que o cara achava que tudo girava em torno de seu umbigo. Tentaram novamente manter a banda com o vocalista Ron Keel. Até que a saída de Geezer Butler culminou com o fim da banda.
Geezer Butler, Ian Gillan, Bill Ward e Tony Iommi

Na próxima segunda tem a segunda parte do texto! Aguarde!

Fontes: Consultoria do Rock
Whiplash.Net Rock e Heavy Metal

A Popularização do Rock'N Roll no Brasil nos anos 80




Nora Ney foi a primeira cantora a gravar uma música de rock no Brasil. Em 1955 ela gravou a famosa música de Bill Haley, “Rock Around the Clock”. Em dezembro do mesmo ano, a canção ganhou sua versão em português, “Ronda das Horas” por Heleninha Ferreira. Assim o rock no Brasil começou tímido e só passou a ganhar identidade quando Os Mutantes e outras bandas dos anos 60 começaram a fazer o rock ‘n roll com uma cara realmente brasileira.

Mas foi somente com o fim da ditadura militar que o rock brasileiro deu as caras na mídia de verdade e tornou-se fenomeno musical de muitos jovens no país. Dos anos 80 podemos citar várias bandas que ainda estão na ativa, as já esquecidas e aquelas que ficam na memória: Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Replicantes, Titãs, Ultraje a Rigor, Coléra, Legião Urbana, Lobão e os Ronaldos, Engenheiros do Hawai, Capital Inicial, RPM, Blitz, enfim, são várias que você pode adorar e até odiar.

Titãs no Rock 'n Rio 1985
Lógico que antes dos anos 80 muito rock ‘n roll já rolava no Brasil. Mas foi nesta época que ele se tornou popular e muitas músicas se tornaram clássicas. Com influencia de vários gêneros, passando do pop ao punk, as músicas eram carregadas de irônias com temáticas políticas, cotidianas ou de sentimento. Algumas viraram até moda, quem nunca esteve em uma rodinha de violão e alguém resolve tocar Faroeste Caboclo inteira? A música, hino das rodinhas, foi composta em 79 por Renato Russo, mas foi lançada oficialmente em 87 no ábum “Que País é Este” do Legião Urbana.


Para relembrar mais um pouco dessa época, vamos a algumas curiosidades do rock anos 80:

  • Em 1982, saiu o primeiro álbum da Blitz, As aventuras da Blitz com o hit “Você não soube me amar”. Foram 100 mil cópias vendidas.
  • No mesmo ano, rolou o primeiro festival de punk de São Paulo, com Inocentes, Cólera, Ratos de Porão entre outros. 
  • Em 1983, Camisa de Vênus lança seu primeiro disco homonimo.  E foi esta mesma banda que lançou em 1987 o primeiro disco duplo de rock brasileiro dos anos 80: O álbum Duplo Sentido. Mas um dia após o lançamento, a banda anunciou seu fim. Eles voltam anos depois.
  • Em 1985, acontece o primeiro Rock ‘n Rio. No festival sobem ao palco bandas como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Blitz, Kid Abelha Lulu Santos e Eduardo Dusek.
  • Em 1987, o Cólera se torna a primeira banda da época a fazer uma excursão pela Europa. A turnê deles contava com 56 shows pelo velho continente.
  • Em 1988, Legião Urbana se apresenta para 50.000 pessoas em Brasília. O show termina rápido por causa de um tumulto. 400 pessoas foram atendidas por médicos, 60 ônibus depredados. O vídeo abaixo mostra uma reportagem, que pela época eu acho até cômica a forma como o repórter fala da situação.




Ainda há muitas curiosidades sobre esta época, mas aguardem, este assunto ainda vai render muitos posts.

Fonte de pesquisa: revista MTV /Edição 18

Tem Que Ouvir: Jess And The Ancient Ones


E pra quem não acredita que bons álbums podem ser lançados hoje em dia e que não surgirá mais bandas boas, os laçamentos de 2012 estão provando o contrário. Pense na psicodelia do rock nos anos 70, adicione uma boa dose de heavy metal e a voz fascinante de uma mulher. Pronto, este é o Jess And The Ancient Ones. A banda é nova, surgiu em 2010 na Finlandia e recentemente lançou seu primeiro álbum com o mesmo nome do grupo. É composta por 7 membros, entre eles está Jess, a vocalista com uma potente voz que dá o tom na banda.
Com todo este clima psicodélico Jess And The Ancient Ones é uma banda mistica. Começando pela capa do disco com uma arte bem atraente com simbolos míticos, com muito roxo e vermelho. As letras tratam de temas ocultos de experiencias dos proprios integrantes. É só ouvir o disco e se encantar com tudo, tem o peso do metal, a psicoldelia do hard rock setentetista e um pouquinho de blues. 




 
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