O início com “Distorted Mirror” (aqui Serpenth, do Belphegor dá as caras num eficiente solo de guitarra), assim como “Orgasmabomb”, que encerra o álbum (uma espécie de irmã de “Orgasmatron”), e “My Motorhead” (com Mayra da banda Biggs nos vocais) deixam claro as influências que Lemmy Kilmister e seus comparsas exercem sobre a Hellsakura.
Mas nem só de referências ao power trio inglês vive a banda. Há faixas com riffs extremamente pesados como se nota em “Bombs Away”, “Leave My Skull” e “Very Dark Sunday”, (o solo dessa última fica a cargo de Donida, do Matanza). Se você gosta de punk rock puro, não se decepcionará com “I Wanna Rock”, e se está mais por dentro do heavy metal, “Crown Of Fire” e seu riff que remete a “Crazy Doctor”, do Loudness, te mostrará que o grupo também é muito eficiente nessa faceta. A língua portuguesa dá as caras na hardcore “Quem É Você”, e ao longo do álbum há várias frases em japonês, também (Cherry tem descendência asiática). Seus vocais podem causar algum estranhamento no início, mas se adaptam perfeitamente a proposta da banda, e não tira de maneira alguma o mérito de “Blood To Water”.
A arte gráfica do CD é soberba: vem em um belíssimo digipak e um encarte-pôster com a arte da capa, que é muito legal. Fazer um trabalho com uma apresentação tão bem cuidada assim não é pra qualquer um, ainda mais nos dias de hoje.
“Blood To Water” é um álbum altamente recomendado para motörheadbangers, punks e metalheads. Só não esqueça de abrir uma cerveja bem gelada antes de botar a bolacha pra rodar.
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